domingo, 27 de novembro de 2011

Ser mãe é:

Ser Mãe é: Ser mãe é dividir o espaço da cama com um corpinho que te joga para fora e te deixa sem coberta, cujas perninhas não param de te chutar. Sem falar a cabecinha, que teima em lutar contra a lei da física, que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e quer ficar em cima da sua. É desistir de assistir qualquer coisa, porque mãozinhas quentes pegam o seu rosto e seguram firme de encontro a narizinhos pequenos e arrebitados, escutando uma vozinha mansa falar “mamãe, olhe pra mim!”. Isso depois de brincar de carrinho, de trenzinho, de desenho, de esconde-esconde embaixo das almofadas. Ser mãe é ficar no banheiro, sendo enganada por um ‘cocô’ que não vem, enquanto um rostinho contente monta o quebra-cabeças do Rei Leão, Dálmatas, Dumbo ou Mogli… E quando você diz que só vai montar outro depois do tal ‘cocô’, ter que escutar um “então ele não vem” Ser mãe é fazer carinhas felizes em mãozinhas minúsculas e receber riscos na sua, acreditando que são outras carinhas felizes. É socorrer estas carinhas do papel, quando estão escondidas por riscos com medo do monstro. Ser mãe é sofrer por antecipação e chorar escondida pelo braço do papai quando tem de levar o pequeno fazer exame de sangue. Ser mãe é ser procurada na apresentação da escola, e receber um abraço apertado depois do final, depois de vários ‘beijinhos voadores’. É ter de ouvir a clássica pergunta, depois de vestir o uniforme pela manhã: “Para onde a gente vai??”. É ser recebida na porta da escola, no fim do dia, com abraços e beijos, seguidos de um “você veio!” e logo depois ver um dedinho apontado para pastelaria da frente pedindo para comer pastel. E quando chega lá, sair com o pastel e um chocolate. Ser mãe é ouvir diariamente “Hum… tive uma idéia!”, mas nunca saber qual idéia era. É virar a cidade atrás de uma fantasia do Homem aranha, e não achar, mas ficar encantada quando o vê vestido como ‘Batman’, e saber que ele ficaria irresistível com qualquer uma. Aliás, aquelas covinhas na bochecha quando ele ri é que são irresistíveis! É assistir 15 vezes no dia o Shrek, o Madagascar, a “Era do Gelo”, a Lilo e Stitch, e escutar que você estragou o filme do Nemo, sendo que você ainda nem comprou o Nemo! Mas ser trocada pelo avô quando ele chega perto. É escutar que você tem que comprar o filme do Sem-Floresta, do Carros, dos Incríveis, e todos os outros que você ainda não tem e nem lembra o nome, porque seu baixinho ‘precisa’ deles. É ver o sol levar bronca porque queimou o braço do papai (que foi jogar tênis sem passar protetor solar). É ver os amigos correndo em direção ao mar, e ver o seu filho correndo para fugir do mar Ser mãe é ouvir “mamãe, te amo muito muito…”! E não tem nada melhor do que isso. Ser mãe é ficar aflita com febres e tosses, é levantar de madrugada para levar ao banheiro, é ficar desesperada quando eles se escondem nas lojas de brinquedo no shopping, é ter de colocar de castigo quando eles mordem o amigo, mas ter de presente todos os dias um sorriso doce de uma pessoinha que não é terrível nem ‘preguicinha’, é o seu filho ou aquelas que ainda não tem sua benção será o seu futuro baby. 

2 comentários:

Dagy disse...

Que post lindo!
Me emocionei muito! Ainda não tenho filhos, mas sonho muito em ser mãe, espero no ano que vem realizar esse sonho, posts como esse seu só me dão mais certeza de que quero muito isso!
Parabéns pelo blog, é ótimo!
Bjoks

Dagy disse...

Vim aqui para te agradecer pela visita no meu bloguinho, adorei!
Ah, forrar a parede com tecido não é difícil não, é só um pouquinho trabalhoso, basicamente é só passar a cola e ir ajeitando o tecido, o que mais chatinho de fazer é cortar as sobras...
Fiquei muito feliz que tenha gostado!
Bjoks

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